Marjana Maboni https://dramarjanamaboni.com Endocrinologista e Metabologista Sun, 28 Jul 2024 18:25:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.6.1 https://dramarjanamaboni.com/wp-content/uploads/2024/06/cropped-PNG039-32x32.png Marjana Maboni https://dramarjanamaboni.com 32 32 Tratamentos para a Obesidade: O Que Você Precisa Saber https://dramarjanamaboni.com/tratamento-obesidade/ https://dramarjanamaboni.com/tratamento-obesidade/#comments Sun, 28 Jul 2024 13:46:35 +0000 https://dramarjanamaboni.com/?p=750 Conviver com obesidade é um desafio que requer uma abordagem multifacetada. O tratamento eficaz combina mudanças no estilo de vida, medicações, e em alguns casos, intervenções cirúrgicas. Este artigo fornece uma visão abrangente sobre os tratamentos disponíveis para obesidade, abordando desde a alimentação e atividade física até medicações e cirurgia bariátrica. Entender que a obesidade é uma doença crônica nos faz compreender que o seu tratamento deve ser para sempre, uma vez que até o momento não temos cura para essa doença. A base do tratamento é uma plano alimentar saudável e atividade física, mas quando eu entendo que a obesidade apresenta múltiplas causas fica mais claro entender que o tratamento também deve abranger diversas frentes. Alimentação Saudável Existe alguma dieta melhor para perda de peso? A base do tratamento da obesidade está em uma alimentação equilibrada. Até o momento nenhum padrão de dieta é superior a outro quando queremos perda de peso, o que é muito bem definido é que há a necessidade de deficit calórico, ou seja, eu preciso consumir menos calorias do que eu gasto de energia. Logo nem jejum intermitente, nem dieta low carb ou very low carb são superiores a longo prazo a um plano alimentar equilibrado. Assim, cada vez mais entendemos a necessidade de uma plano alimentar que se adeque a realidade de cada pessoa e que seja sustentável para ser seguido a longo prazo, assim geralmente evitamos dietas restritivas. O acompanhamento com nutricionista é crucial no tratamento da obesidade e o que sabemos hoje é que o acompanhamento com diversas equipes é essencial no processo de perda e manutenção do peso perdido. Algumas dicas para uma alimentação saudável incluem: Atividade Física Regular A prática de atividades físicas é crucial para o controle de peso. Mais importante que o impacto na perda de peso inicial, a atividade física traz benefícios principalmente para a manutenção do peso perdido, que por vezes é um dos grandes desafios que enfrentamos. Outros benefícios da atividade física incluem: Acompanhamento psicológico O acompanhamento psicológico e algumas vezes psiquiátrico é por vezes crucial no tratamento, terapias comportamentais têm um impacto muito positivo no processo de perda de peso. Conseguirmos reconhecer gatilhos de ansiedade e aos poucos reduzir a associação de prazer com a comida é extremamente significativo no processo de tratamento. Medicações para Obesidade Em alguns casos, a medicação pode ser indicada como parte do tratamento, a definição do tratamento é extremamente individualizada e deve ser definida com sua médica. O uso de medicamentos no tratamento não é sinal de fraqueza, nem uma bengala ou culpa. Quando eu lido com uma doença que dentre as suas causas não envolve apenas o que eu sou responsável, mas também a sociedade e o ambiente em que vivo e a minha genética, quanto mais ferramentas forem utilizadas, melhor serão meus resultados. Cada pessoa tem um perfil e uma gênese para obesidade e em consulta médica é possível essa definição e se há ou não a necessidade de uso de medicamentos e por quanto tempo. As medicações mais comuns incluem: O Que é o Tratamento Cirúrgico da Obesidade? O tratamento cirúrgico da obesidade, também conhecido como cirurgia bariátrica, é uma opção para pessoas que apresentaram dificuldades em perder peso ou manter peso perdido através de métodos clínicos, como dieta, medicamentos e exercício. Este procedimento visa reduzir o tamanho do estômago ou alterar o sistema digestivo para limitar a quantidade de alimentos ingeridos ou absorvidos. Indicações para a Cirurgia Bariátrica A cirurgia bariátrica é indicada para pessoas que: Tipos de Cirurgia Bariátrica Existem várias técnicas de cirurgia bariátrica, cada uma com suas características e indicações específicas, as duas mais comuns atualmente são: Preparação para a Cirurgia (Pré-operatório) A preparação para a cirurgia bariátrica envolve várias etapas para garantir a segurança e o sucesso do procedimento: Cuidados Pós-operatórios O sucesso da cirurgia bariátrica depende do acompanhamento posterior e de se seguir as orientações das equipes após o procedimento: Lembre-se o esse processo é por toda a sua vida, independente do método escolhido para o tratamento. Perguntas e Respostas sobre Tratamento da Obesidade 1. Quais são os riscos associados à cirurgia bariátrica? Riscos podem incluir infecção, coágulos sanguíneos, complicações respiratórias, e deficiências nutricionais. É importante discutir todos os riscos com o cirurgião. 2. Quanto tempo leva para se recuperar da cirurgia bariátrica? A recuperação inicial pode levar de 3 a 5 semanas, mas a adaptação completa às mudanças no estilo de vida pode levar vários meses. 3. É possível recuperar o peso perdido após a cirurgia? Sim, se a pessoa não seguir as orientações de dieta e atividade física, pode haver reganho de peso. 6. Quanto peso posso esperar perder após a cirurgia bariátrica? A perda de peso varia, mas a maioria das pessoas perde entre 20-35% do peso dentro dos primeiros dois anos após a cirurgia. 7. Quais são os riscos de não tratar a obesidade? A obesidade não tratada pode levar a várias complicações, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas, apneia do sono e certos tipos de câncer. 8. Quais são os efeitos colaterais comuns das medicações para obesidade? Efeitos colaterais podem incluir náuseas, vômitos, constipação, boca seca, cefaleia. Em geral os efeitos são transitórios. 9. Qual é o papel da família no apoio a uma pessoa que convive com obesidade? O apoio da família é crucial para o sucesso do tratamento, oferecendo suporte emocional, ajudando na preparação de refeições saudáveis e incentivando a prática de atividades físicas. 10. É possível manter a perda de peso a longo prazo? Sim, com um plano de tratamento abrangente que inclui mudanças sustentáveis no estilo de vida, suporte contínuo de profissionais de saúde e, se necessário, medicações ou intervenções cirúrgicas. 11. Tenho que usar medicamentos para perder peso para sempre? Isso vai depender de cada pessoa em avaliação conjunta com sua endocrinologista. Existem casos que sim.

The post Tratamentos para a Obesidade: O Que Você Precisa Saber appeared first on Marjana Maboni.

]]>

Entender que a obesidade é uma doença crônica nos faz compreender que o seu tratamento deve ser para sempre, uma vez que até o momento não temos cura para essa doença. A base do tratamento é uma plano alimentar saudável e atividade física, mas quando eu entendo que a obesidade apresenta múltiplas causas fica mais claro entender que o tratamento também deve abranger diversas frentes.

Alimentação Saudável

Existe alguma dieta melhor para perda de peso?

A base do tratamento da obesidade está em uma alimentação equilibrada. Até o momento nenhum padrão de dieta é superior a outro quando queremos perda de peso, o que é muito bem definido é que há a necessidade de deficit calórico, ou seja, eu preciso consumir menos calorias do que eu gasto de energia.

Logo nem jejum intermitente, nem dieta low carb ou very low carb são superiores a longo prazo a um plano alimentar equilibrado.

Assim, cada vez mais entendemos a necessidade de uma plano alimentar que se adeque a realidade de cada pessoa e que seja sustentável para ser seguido a longo prazo, assim geralmente evitamos dietas restritivas. O acompanhamento com nutricionista é crucial no tratamento da obesidade e o que sabemos hoje é que o acompanhamento com diversas equipes é essencial no processo de perda e manutenção do peso perdido.

Algumas dicas para uma alimentação saudável incluem:

  • Incluir mais frutas e vegetais: Ricos em fibras e nutrientes essenciais, ajudam a promover a saciedade.
  • Reduzir o consumo de alimentos processados: Evitar produtos ricos em açúcar, sal e gorduras trans, estes alimentos muitas vezes possuem muitas calorias em pequenas quantidades.
  • Escolher proteínas magras: Carnes magras, peixes, ovos, e leguminosas são excelentes fontes de proteínas.
  • Controlar as porções: Algumas situações pode ser interessante comer porções menores e mais frequentes pode ajudar a controlar a fome.
  • Eating fullness: Atenção plena ao comer. Evitar distrações, telas. Utilizar sentidos para apreciar visão, olfato, paladar. Comer mais lentamente. Isso já é capaz de estimular hormônios sacietógenos antes mesmo da mastigação.

Atividade Física Regular

A prática de atividades físicas é crucial para o controle de peso. Mais importante que o impacto na perda de peso inicial, a atividade física traz benefícios principalmente para a manutenção do peso perdido, que por vezes é um dos grandes desafios que enfrentamos. Outros benefícios da atividade física incluem:

  • Melhoria da saúde cardiovascular: Reduz o risco de doenças cardíacas.
  • Aumento da massa muscular: Contribui para um metabolismo mais eficiente.
  • Redução do estresse
  • Melhora do sono

Acompanhamento psicológico

O acompanhamento psicológico e algumas vezes psiquiátrico é por vezes crucial no tratamento, terapias comportamentais têm um impacto muito positivo no processo de perda de peso. Conseguirmos reconhecer gatilhos de ansiedade e aos poucos reduzir a associação de prazer com a comida é extremamente significativo no processo de tratamento.

Medicações para Obesidade

Em alguns casos, a medicação pode ser indicada como parte do tratamento, a definição do tratamento é extremamente individualizada e deve ser definida com sua médica. O uso de medicamentos no tratamento não é sinal de fraqueza, nem uma bengala ou culpa. Quando eu lido com uma doença que dentre as suas causas não envolve apenas o que eu sou responsável, mas também a sociedade e o ambiente em que vivo e a minha genética, quanto mais ferramentas forem utilizadas, melhor serão meus resultados.

Cada pessoa tem um perfil e uma gênese para obesidade e em consulta médica é possível essa definição e se há ou não a necessidade de uso de medicamentos e por quanto tempo.

As medicações mais comuns incluem:

  • Orlistat: Reduz a absorção de gordura pelo intestino.
  • Liraglutida: Um medicamento injetável (análogo do GLP1) de uso diário que ajuda a controlar a fome, com aumento da saciedade.
  • Semaglutida: Um agonista de GLP-1 de uso semanal (injetável) que ajuda a reduzir o apetite e a promover a perda de peso com aumento da saciedade.
  • Tirzepatida: Uma nova medicação que combina ações de dois hormônios para melhorar o controle de peso e glicemia. Ainda sendo aguardada sua chegada no Brasil.
  • Fentermina: Um supressor de apetite de curto prazo. Indisponível no Brasil.
  • Naltrexona/Bupropiona: Combinação que ajuda a controlar o apetite e o desejo por comida. Utilizado principalmente naqueles pacientes com comer emocional.

O Que é o Tratamento Cirúrgico da Obesidade?

O tratamento cirúrgico da obesidade, também conhecido como cirurgia bariátrica, é uma opção para pessoas que apresentaram dificuldades em perder peso ou manter peso perdido através de métodos clínicos, como dieta, medicamentos e exercício. Este procedimento visa reduzir o tamanho do estômago ou alterar o sistema digestivo para limitar a quantidade de alimentos ingeridos ou absorvidos.

Indicações para a Cirurgia Bariátrica

A cirurgia bariátrica é indicada para pessoas que:

  1. Índice de Massa Corporal (IMC): Têm um IMC igual ou superior a 40, ou igual ou superior a 35 com comorbidades associadas, como diabetes tipo 2, hipertensão ou apneia do sono.
  2. Falha em Tratamentos Convencionais: Não conseguiram alcançar ou manter a perda de peso significativa com outros métodos durante dois anos ou mais.
  3. Condições Médicas Associadas: Sofrem de condições médicas graves relacionadas à obesidade que podem ser melhoradas com a perda de peso.

Tipos de Cirurgia Bariátrica

Existem várias técnicas de cirurgia bariátrica, cada uma com suas características e indicações específicas, as duas mais comuns atualmente são:

  • Bypass Gástrico: Reduz o tamanho do estômago e altera a rota do intestino delgado para diminuir a absorção de calorias.
  • Gastroplastia Vertical (Sleeve): Remove parte do estômago, criando um tubo estreito que limita a ingestão de alimentos.

Preparação para a Cirurgia (Pré-operatório)

A preparação para a cirurgia bariátrica envolve várias etapas para garantir a segurança e o sucesso do procedimento:

  1. Avaliação Médica Completa: Inclui exames laboratoriais, avaliações endocrinológicas, cardiológicas e respiratórias.
  2. Avaliação Psicológica: Determina se a pessoa está emocionalmente preparada para as mudanças pós-cirurgia.
  3. Orientação Nutricional: Preparação para as mudanças na dieta que serão necessárias após a cirurgia.
  4. Perda de Peso Pré-operatória: Em alguns casos, é necessário perder uma pequena quantidade de peso antes da cirurgia para reduzir os riscos.

Cuidados Pós-operatórios

O sucesso da cirurgia bariátrica depende do acompanhamento posterior e de se seguir as orientações das equipes após o procedimento:

  1. Dieta Progressiva: Começa com líquidos claros, seguido por alimentos pastosos, até chegar a alimentos sólidos.
  2. Suplementação Nutricional: Vitaminas e minerais para evitar deficiências nutricionais.
  3. Acompanhamento Regular: Consultas frequentes com a equipe médica para monitorar a perda de peso e ajustar o tratamento conforme necessário.
  4. Atividade Física: Exercícios regulares são essenciais para manter a perda de peso e melhorar a saúde geral.
  5. Apoio Psicológico: Continua sendo importante para ajudar na adaptação às mudanças no estilo de vida.

Lembre-se o esse processo é por toda a sua vida, independente do método escolhido para o tratamento.

Perguntas e Respostas sobre Tratamento da Obesidade

1. Quais são os riscos associados à cirurgia bariátrica? Riscos podem incluir infecção, coágulos sanguíneos, complicações respiratórias, e deficiências nutricionais. É importante discutir todos os riscos com o cirurgião.

2. Quanto tempo leva para se recuperar da cirurgia bariátrica? A recuperação inicial pode levar de 3 a 5 semanas, mas a adaptação completa às mudanças no estilo de vida pode levar vários meses.

3. É possível recuperar o peso perdido após a cirurgia? Sim, se a pessoa não seguir as orientações de dieta e atividade física, pode haver reganho de peso.

6. Quanto peso posso esperar perder após a cirurgia bariátrica? A perda de peso varia, mas a maioria das pessoas perde entre 20-35% do peso dentro dos primeiros dois anos após a cirurgia.

7. Quais são os riscos de não tratar a obesidade? A obesidade não tratada pode levar a várias complicações, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas, apneia do sono e certos tipos de câncer.

8. Quais são os efeitos colaterais comuns das medicações para obesidade? Efeitos colaterais podem incluir náuseas, vômitos, constipação, boca seca, cefaleia. Em geral os efeitos são transitórios.

9. Qual é o papel da família no apoio a uma pessoa que convive com obesidade? O apoio da família é crucial para o sucesso do tratamento, oferecendo suporte emocional, ajudando na preparação de refeições saudáveis e incentivando a prática de atividades físicas.

10. É possível manter a perda de peso a longo prazo? Sim, com um plano de tratamento abrangente que inclui mudanças sustentáveis no estilo de vida, suporte contínuo de profissionais de saúde e, se necessário, medicações ou intervenções cirúrgicas.

11. Tenho que usar medicamentos para perder peso para sempre? Isso vai depender de cada pessoa em avaliação conjunta com sua endocrinologista. Existem casos que sim.

The post Tratamentos para a Obesidade: O Que Você Precisa Saber appeared first on Marjana Maboni.

]]>
https://dramarjanamaboni.com/tratamento-obesidade/feed/ 3
Tratamentos para Menopausa: Tenho que usar hormônios? https://dramarjanamaboni.com/tratamento-menopausa/ https://dramarjanamaboni.com/tratamento-menopausa/#comments Sun, 28 Jul 2024 12:44:38 +0000 https://dramarjanamaboni.com/?p=733 A menopausa é uma fase inevitável na vida de todas as mulheres, trazendo consigo diversas mudanças físicas e emocionais. O climatério, período de transição que inclui a menopausa, pode ser um desafio. Felizmente, existem várias formas de tratamento para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, e dessa forma tornar essa fase bem menos temida pelas mulheres. O tratamentos dos sintomas da menopausa envolve um acompanhamento médico especializado regular, para que se possa identificar o que cada mulher necessita e se forneça de forma segura as melhores opções para ela. Estou na menopausa, preciso utilizar hormônios? Nem toda mulher que está no período de climatério e menopausa vai necessitar de reposição hormonal, assim como nem toda mulher pode realizar essa reposição. Aquelas mulheres que não apresentam sintomas ou que apresentem eles de forma leve não precisam realizar o uso de hormônios, inclusive essa reposição tem algumas indicações especificas para garantir a segurança da mulher. Indicações de uso de reposição hormonal: Todas as Mulheres podem fazer uso de Hormônios na Menopausa? Esse é um dos motivos da importância do acompanhamento médico adequado, pois nem todas as mulheres podem realizar reposição hormonal. Em casos de longos períodos após a data da menopausa ou após certa idade ela não é recomendada. E, algumas das contra-indicações são: Opções de Tratamento para os sintomas da Menopausa Mudanças no Estilo de Vida: o quando antes iniciarmos mudanças no estilo de vida melhor estaremos preparadas para esse momento Terapia de Reposição Hormonal (TRH) Não faça uso de terapias hormonais sem respaldo e sem a segurança de um médico capacitado para isso. Nada deve ter uma prioridade maior que a sua saúde! Terapias Não Hormonais: para aquelas mulheres que não podem ou não querem utilizar hormônios Tratamentos Tópicos e Locais Tratamentos Naturais e Complementares Perguntas Frequentes sobre Tratamentos da Menopausa Para mais informações ou para agendar uma consulta: entre em contato. Deixe suas dúvidas e espero poder ter ajudado. Até breve!

The post Tratamentos para Menopausa: Tenho que usar hormônios? appeared first on Marjana Maboni.

]]>

O tratamentos dos sintomas da menopausa envolve um acompanhamento médico especializado regular, para que se possa identificar o que cada mulher necessita e se forneça de forma segura as melhores opções para ela.

Estou na menopausa, preciso utilizar hormônios?

Nem toda mulher que está no período de climatério e menopausa vai necessitar de reposição hormonal, assim como nem toda mulher pode realizar essa reposição. Aquelas mulheres que não apresentam sintomas ou que apresentem eles de forma leve não precisam realizar o uso de hormônios, inclusive essa reposição tem algumas indicações especificas para garantir a segurança da mulher.

Indicações de uso de reposição hormonal:

  • Mulheres com sintomas vasomotores: calorões ou fogachos, que aparecem repetidamente e repentinamente e podem ocorrer diversas vezes ao dia. Esses sintomas ocorrem em até 60 a 80% das mulheres nesse período e são a principal indicação de uso dos hormônios.
  • Síndromes genitourinárias: ocorre pela baixa do estrogênio e apresentam sintomas como ressecamento vaginal, dor na relação sexual e dor para urinar.

Todas as Mulheres podem fazer uso de Hormônios na Menopausa?

Esse é um dos motivos da importância do acompanhamento médico adequado, pois nem todas as mulheres podem realizar reposição hormonal. Em casos de longos períodos após a data da menopausa ou após certa idade ela não é recomendada. E, algumas das contra-indicações são:

  • Ter tido câncer de mama
  • História de trombose pulmonar
  • História de infarto do miocárdio e/ou AVC

Opções de Tratamento para os sintomas da Menopausa

Mudanças no Estilo de Vida: o quando antes iniciarmos mudanças no estilo de vida melhor estaremos preparadas para esse momento

  • Dieta Saudável: Alimentação equilibrada rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras.
  • Exercícios Físicos: Atividade física regular para manter o peso, melhorar o humor e fortalecer os ossos. Exercícios que envolvam atividade aeróbica combinada com exercícios de força são muito interessantes, principalmente para saúde óssea.
  • Higiene do Sono: Manter uma rotina de sono regular e criar um ambiente propício para dormir.
  • Técnicas de Relaxamento: Yoga, meditação e técnicas de respiração podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar geral.

Terapia de Reposição Hormonal (TRH)

  • O Que é: Uso de hormônios (estrogênio e progesterona) para aliviar os sintomas da menopausa. Não é utilizado para esse objetivo nas mulheres a testosterona. A reposição hormonal da menopausa é e deve ser feita com hormônios femininos.
  • Os hormônios: O uso da progesterona é indicado para aquelas mulheres que possuem útero, então nem todas as terapias serão feitas da mesma forma. Existe diversas apresentações do estrogênio, como na forma de gel, de adesivo e de comprimidos. E essas medicações são amplamente disponíveis em farmácias, sem necessidade de manipulação.
  • Benefícios: Redução significativa das ondas de calor, suores noturnos, secura vaginal e melhora do humor.
  • Riscos: Existe uma possibilidade de aumento do risco de câncer de mama, doenças cardíacas e coágulos sanguíneos. CONTUDO, quando bem indicada a reposição e feita de forma correta, esses riscos são reduzidos e os benefícios de uso muito superiores.

Não faça uso de terapias hormonais sem respaldo e sem a segurança de um médico capacitado para isso. Nada deve ter uma prioridade maior que a sua saúde!

Terapias Não Hormonais: para aquelas mulheres que não podem ou não querem utilizar hormônios

  • Antidepressivos: alguns antidepressivos podem ajudar a reduzir ondas de calor e melhorar o humor.
  • Gabapentina: Medicamento usado para tratar convulsões e dores neuropáticas, mas que também pode ajudar com ondas de calor.

Tratamentos Tópicos e Locais

  • Cremes e Géis Vaginais: Produtos à base de estrogênio para aliviar a secura vaginal.
  • Lubrificantes Vaginais: Lubrificantes à base de água para reduzir o desconforto durante a relação sexual e são uma ótima opção, muito seguros.

Tratamentos Naturais e Complementares

  • Acupuntura: Técnica da medicina tradicional chinesa que pode ajudar a reduzir os sintomas da menopausa.
  • Suplementos: Dependendo de algumas situações algumas vitaminas e minerais podem ser benéficos.

Perguntas Frequentes sobre Tratamentos da Menopausa

  1. Quais são os efeitos colaterais da terapia de reposição hormonal (TRH)? Os efeitos colaterais podem incluir inchaço, sensibilidade nos seios, dor de cabeça e sangramento vaginal.
  2. A TRH é segura para todas as mulheres? Não, a TRH não é recomendada para mulheres com certas condições médicas, como câncer de mama ou histórico de coágulos sanguíneos.
  3. Qual é a diferença entre estrogênio e progesterona na TRH? O estrogênio alivia a maioria dos sintomas da menopausa, enquanto a progesterona é adicionada para proteger o útero.
  4. Quais são os sinais de que preciso de tratamento para a menopausa? Se os sintomas da menopausa estão afetando significativamente sua qualidade de vida, é importante buscar atendimento médico especializado (endocrinologista ou ginecologista)
  5. A dieta pode realmente ajudar com os sintomas da menopausa? Sim, uma dieta saudável pode ajudar a gerenciar sintomas e promover a saúde geral.
  6. A TRH pode ser usada indefinidamente? O tempo de uso vai depender de cada caso e deve ser individualizado.
  7. Os suplementos de cálcio e vitamina D são necessários durante a menopausa? Sim, suplementos de cálcio e vitamina D podem ser importantes para prevenir a osteoporose e manter a saúde óssea.
  8. Tenho que esperar a parada da menstruação para poder fazer reposição hormonal? Algumas mulheres já iniciam com os fogachos na fase pré-menopausa, em algumas situações já é possível iniciar o tratamento.

Para mais informações ou para agendar uma consulta: entre em contato. Deixe suas dúvidas e espero poder ter ajudado. Até breve!

The post Tratamentos para Menopausa: Tenho que usar hormônios? appeared first on Marjana Maboni.

]]>
https://dramarjanamaboni.com/tratamento-menopausa/feed/ 1
O que eu sinto é da Menopausa? https://dramarjanamaboni.com/sinais-menopausa/ https://dramarjanamaboni.com/sinais-menopausa/#comments Sat, 27 Jul 2024 21:56:55 +0000 https://dramarjanamaboni.com/?p=727 Calorões que aparecem do nada e que te acordam na madrugada, irritabilidade, dificuldade para dormir, pele seca, ganho de peso… será que tudo isso pode ser do climatério ou da menopausa? A menopausa é um processo que ocorre na vida de todas as mulheres, marcando o fim dos ciclos menstruais. Para muitas mulheres, essa é uma fase muito temida, pois muitas já passaram por situações desconfortáveis.  Infelizmente por muitos anos se considerou a menopausa como um processo natural em que a mulher deveria aceitar os seus sintomas e aprender a conviver com eles, então não é incomum ouvirmos sobre como foi um período muito difícil e perturbador, em que você se perde do seu eu feminino, algumas vezes ao ponto de parecer “um inferno”. Mas também encontramos mulheres para as quais essa fase aconteceu e elas nem notaram, ainda bem! Cada mulher vai passar por esse período de um jeito e o mais importante é como lidaremos com ele. Reconhecer que seus sintomas podem ser disso é o primeiro passo. Qual a diferença do climatério para menopausa? O Que Uma Mulher na Menopausa Sente? Ondas de Calor e Suores Noturnos Mudanças no Sono Alterações de Humor e Bem-Estar Emocional Irregularidade Menstrual Mudanças Físicas e Corporais Todos esses sintomas podem ou não estar presentes nesse período da mulher, assim como podem representar outras doenças. Dessa forma, é essencial a avaliação médica especializada para que se possa fazer o diagnóstico correto e devido tratamento. Como é feito o diagnóstico? Na maioria das vezes o diagnóstico acontece através apenas de uma boa avaliação e exame médico. Perguntas Frequentes sobre Menopausa E será que toda mulher precisa tratar? e se eu não sinto nada, tudo bem? Será que preciso usar hormônios? Será que eu posso? Estou aqui para ajudar você a passar por essa fase com saúde e bem-estar e tornar esse período menos temido e com certeza menos doloroso. E, eu vou te contar um segredo: quanto antes e melhor nos prepararmos para esse momento, melhor lidaremos com ele!

The post O que eu sinto é da Menopausa? appeared first on Marjana Maboni.

]]>

Calorões que aparecem do nada e que te acordam na madrugada, irritabilidade, dificuldade para dormir, pele seca, ganho de peso… será que tudo isso pode ser do climatério ou da menopausa?

A menopausa é um processo que ocorre na vida de todas as mulheres, marcando o fim dos ciclos menstruais. Para muitas mulheres, essa é uma fase muito temida, pois muitas já passaram por situações desconfortáveis. 

Infelizmente por muitos anos se considerou a menopausa como um processo natural em que a mulher deveria aceitar os seus sintomas e aprender a conviver com eles, então não é incomum ouvirmos sobre como foi um período muito difícil e perturbador, em que você se perde do seu eu feminino, algumas vezes ao ponto de parecer “um inferno”. Mas também encontramos mulheres para as quais essa fase aconteceu e elas nem notaram, ainda bem!

Cada mulher vai passar por esse período de um jeito e o mais importante é como lidaremos com ele. Reconhecer que seus sintomas podem ser disso é o primeiro passo.

Qual a diferença do climatério para menopausa?

  • O climatério é o período que antecede a menopausa e que muitas vezes já é marcado pela presença dos sintomas, que podem iniciar em média até 8 anos antes da data da menopausa
  • A menopausa é definida pela parada da menstruação por 12 meses, ela nada mais é que uma data e em média ocorre na idade dos 50 anos. Sendo considerada precoce dos 40 aos 45 anos. 

O Que Uma Mulher na Menopausa Sente?

Ondas de Calor e Suores Noturnos

  • Sensação súbita de calor intenso, geralmente no rosto, pescoço e peito. Pode durar segundos a minutos e ocorrer algumas ou várias vezes ao dia, principalmente à noite.

Mudanças no Sono

  • Insônia: Dificuldade para adormecer ou manter o sono.
  • Acordar Frequentemente: Despertares frequentes durante a noite, muitas vezes devido a suores noturnos.

Alterações de Humor e Bem-Estar Emocional

  • Irritabilidade: Aumento da irritabilidade e impaciência.
  • Depressão e Ansiedade: Sentimentos de tristeza, desesperança e ansiedade.
  • Cansaço

Irregularidade Menstrual

  • Ciclos Irregulares: Menstruações podem se tornar irregulares antes de cessarem completamente.
  • Fluxo Variável: O fluxo menstrual pode variar de muito leve a muito intenso.

Mudanças Físicas e Corporais

  • Ganho de Peso: Aumento de peso, especialmente na região abdominal.
  • Secura Vaginal: Ressecamento vaginal, que pode causar desconforto e dor durante a relação sexual.
  • Redução da Libido: Diminuição do interesse sexual.
  • Pele mais seca, queda de cabelos, dores articulares ( isso até lembra um pouco os sintomas do hipotireoidismo né?!)

Todos esses sintomas podem ou não estar presentes nesse período da mulher, assim como podem representar outras doenças. Dessa forma, é essencial a avaliação médica especializada para que se possa fazer o diagnóstico correto e devido tratamento.

Como é feito o diagnóstico?

Na maioria das vezes o diagnóstico acontece através apenas de uma boa avaliação e exame médico.

  • Histórico Médico: Discussão detalhada sobre os sintomas e o histórico menstrual. Nem toda mulher que está sem menstruar está na menopausa. É essencial a avaliação e acompanhamento médico.
  • Exame Físico: Exame físico completo para descartar outras condições.
  • Exames Laboratoriais em determinadas situações.

Perguntas Frequentes sobre Menopausa

  1. Quando a menopausa começa? A menopausa geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, mas pode variar.
  2. É possível engravidar durante a perimenopausa? Sim, enquanto a mulher ainda estiver menstruando, a gravidez é possível.
  3. A menopausa pode causar problemas de memória? Sim, algumas mulheres relatam dificuldades de memória e concentração.
  4. Como a menopausa afeta a saúde dos ossos? A queda nos níveis de estrogênio pode levar à perda de massa óssea e aumento do risco de osteoporose.
  5. O que posso fazer para aliviar os suores noturnos? Vestir roupas leves, manter o quarto fresco e evitar alimentos picantes e bebidas quentes antes de dormir.
  6. Ela afeta a saúde cardiovascular? Sim, a menopausa pode aumentar o risco de doenças cardíacas devido à diminuição do estrogênio.
  7. A terapia hormonal é segura? A terapia hormonal tem riscos e benefícios que devem ser discutidos com seu médico para determinar a melhor opção para você.
  8. Como a menopausa afeta a vida sexual? A menopausa pode reduzir a libido e causar desconforto durante o sexo devido à secura vaginal, mas tratamentos e lubrificantes podem ajudar.
  9. Se eu tirei o útero, estou na menopausa? A retirada do útero isoladamente, em que se preservam os ovários não configura menopausa. O que vai acontecer é que nesses casos, o diagnóstico vai depender mais de exames laboratoriais, já que não poderá ser identificado mais os sangramentos.

Estou aqui para ajudar você a passar por essa fase com saúde e bem-estar e tornar esse período menos temido e com certeza menos doloroso. E, eu vou te contar um segredo: quanto antes e melhor nos prepararmos para esse momento, melhor lidaremos com ele!

The post O que eu sinto é da Menopausa? appeared first on Marjana Maboni.

]]>
https://dramarjanamaboni.com/sinais-menopausa/feed/ 1
Conviver com obesidade: uma jornada desafiante https://dramarjanamaboni.com/obesidade/ https://dramarjanamaboni.com/obesidade/#comments Sun, 30 Jun 2024 18:13:29 +0000 https://dramarjanamaboni.com/?p=492 Conviver com obesidade é uma jornada desafiante, principalmente pois muitas pessoas já ouviram frases como estas: “isso é falta de vontade” “é só fechar a boca que emagrece” “ela precisa usar medicamentos porque não tem força de vontade” Apesar da obesidade ser uma doença complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, seu tratamento continua sendo desafiador. O preconceito e a visão de que emagrecer envolve apenas força de vontade atrasam o diagnóstico e o tratamento, além do intenso sofrimento que isso causa para as pessoas que convivem com excesso de peso. Entender a gravidade e a multifatoriedade dessa doença nos leva a compreender que cada frase citada acima não passa de puro preconceito. O entendimento de que não se trata apenas de alimentação, mas também do nosso ambiente, do nível de atividade física e de sedentarismo, de genética e convívio social, nos faz compreender que todos fazemos parte do tratamento, convivendo diretamente ou não com a obesidade. Como saber se tenho Obesidade? A obesidade é definida como um acúmulo excessivo de gordura corporal prejudicial à saúde. Esta condição é frequentemente medida pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado utilizando o peso de uma pessoa (em quilos) e altura (em metros). Um IMC de 30 ou mais é geralmente considerado obesidade e, conforme os níveis, classificamos os graus de obesidade ( grau 1, 2, 3…) Contudo… O diagnóstico não se baseia apenas no peso, mas em uma combinação de medidas e avaliações, uma vez que eu posso estar com IMC adequado e apresentar excesso de gordura ou com IMC elevado e apresentar níveis de gordura adequados. Os métodos mais comuns incluem: Medidas Corporais A medida da circunferência abdominal é outro indicador importante de risco para doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Para mulheres, uma circunferência abdominal acima de 88 cm é considerada de risco; para homens, acima de 102 cm. A avaliação de dobras cutâneas realizadas com adipômetro também são utilizadas para estimar percentuais de gordura. Bioimpedânciometria Exame simples e de fácil acesso que nos ajuda a compreender a composição corporal, avaliando os percentuais de massa magra e tecido gorduroso, servindo tanto para diagnóstico quando acompanhamento. Essa avaliação possibilita que o diagnóstico e tratamento da obesidade não se baseie apenas em um número na balança. Causas para desenvolvimento de Obesidade O ambiente em que vivemos, a sociedade que nos forma e a nossa cultura são tão responsáveis pela obesidade quanto a pessoa que convive diretamente com ela. Assim, sendo uma condição complexa e multifatorial, inúmeras são as causas, ou melhor a combinação delas, que determinam o excesso de peso. Algumas delas são: 1. Fatores Genéticos 2. Desequilíbrio entre Consumo e Gasto Calórico 3. Fatores Psicológicos e Emocionais 4. Condições Médicas 5. Uso de Medicamentos 6. Fatores Ambientais, Sociais e Econômicos: talvez os principais fatores para obesidade e sua alta prevalência Quais os riscos de não tratar a obesidade? Podemos ter aumento do risco de várias condições de saúde graves quando não realizamos tratamento. Algumas das complicações mais comuns incluem: Doenças Cardiovasculares Há uma forte associação com doenças cardíacas, incluindo hipertensão, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC). O excesso de peso aumenta a pressão sobre o coração e os vasos sanguíneos, contribuindo para o desenvolvimento dessas condições. Diabetes A resistência à insulina é uma complicação frequente da obesidade, levando ao desenvolvimento de diabetes tipo 2. Este tipo de diabetes pode causar sérios problemas de saúde, incluindo problemas renais, visuais e dores. Problemas Respiratórios A apneia do sono é uma condição em que a respiração para e recomeça repetidamente durante o sono, sendo comum entre pessoas que convivem com obesidade. Isso pode resultar em sono de má qualidade e cansaço/sonolência durante o dia. Doenças Hepáticas A doença hepática gordurosa (esteatose) é uma condição em que a gordura se acumula no fígado, podendo levar a inflamação e, eventualmente, cirrose hepática. Problemas Ortopédicos O excesso de peso pode sobrecarregar as articulações, especialmente os joelhos e a coluna, levando a problemas como osteoartrite e dores crônicas. Essas complicações, somadas a possibilidade de distúrbios de imagem, baixa autoestima e limitações diversas para as atividades do dia a dia contribuem para a obesidade ser também uma importante causa de depressão. Perguntas e Respostas sobre Obesidade 1. Qual a diferença entre sobrepeso e obesidade? O sobrepeso é definido por um IMC entre 25 e 29,9, enquanto a obesidade é definida por um IMC de 30 ou mais. 2. A genética desempenha um papel na obesidade? Sim, fatores genéticos podem influenciar o risco de desenvolver obesidade, assim como o ambiente e o estilo de vida também são determinantes cruciais. 4. A obesidade afeta a saúde mental? Sim, a obesidade pode estar associada a condições como depressão, ansiedade e baixa autoestima. 5. Quais são as opções de tratamento para a obesidade? O tratamento deve ser composto de diversas abordagens, como mudanças na dieta e exercício físico, terapia comportamental, medicação e, em alguns casos, cirurgia bariátrica. 6. É possível controlar a obesidade? Sim, com um plano de tratamento adequado, muitas pessoas conseguem perder peso e manter essa perda a longo prazo. Mas é importante lembrar que o tratamento é contínuo, não devendo ser interrompido. 9. Exercícios físicos são suficientes para tratar a obesidade? Embora importantes, exercícios físicos devem ser combinados com uma alimentação saudável e, em alguns casos, outras intervenções médicas adicionais. Isoladamente a atividade física em geral não terá efeitos significativos isoladamente na perda de peso. Uma condição que pode afetar diversos sistemas do corpo e aumentar a predisposição para inúmeras outras doenças precisa ser abordada com seriedade, respeito e responsabilidade. Lidar com a obesidade é um desafio constante, logo quanto mais cedo compreendermos a importância de um tratamento adequado, mais eficaz serão os resultados para chegarmos em um propósito que é comum a todos: qualidade de vida e bem estar.

The post Conviver com obesidade: uma jornada desafiante appeared first on Marjana Maboni.

]]>

Conviver com obesidade é uma jornada desafiante, principalmente pois muitas pessoas já ouviram frases como estas:

“isso é falta de vontade”

“é só fechar a boca que emagrece”

“ela precisa usar medicamentos porque não tem força de vontade”

Apesar da obesidade ser uma doença complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, seu tratamento continua sendo desafiador. O preconceito e a visão de que emagrecer envolve apenas força de vontade atrasam o diagnóstico e o tratamento, além do intenso sofrimento que isso causa para as pessoas que convivem com excesso de peso.

Entender a gravidade e a multifatoriedade dessa doença nos leva a compreender que cada frase citada acima não passa de puro preconceito. O entendimento de que não se trata apenas de alimentação, mas também do nosso ambiente, do nível de atividade física e de sedentarismo, de genética e convívio social, nos faz compreender que todos fazemos parte do tratamento, convivendo diretamente ou não com a obesidade.

Como saber se tenho Obesidade?

A obesidade é definida como um acúmulo excessivo de gordura corporal prejudicial à saúde. Esta condição é frequentemente medida pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado utilizando o peso de uma pessoa (em quilos) e altura (em metros). Um IMC de 30 ou mais é geralmente considerado obesidade e, conforme os níveis, classificamos os graus de obesidade ( grau 1, 2, 3…)

Contudo…

O diagnóstico não se baseia apenas no peso, mas em uma combinação de medidas e avaliações, uma vez que eu posso estar com IMC adequado e apresentar excesso de gordura ou com IMC elevado e apresentar níveis de gordura adequados. Os métodos mais comuns incluem:

Medidas Corporais

A medida da circunferência abdominal é outro indicador importante de risco para doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Para mulheres, uma circunferência abdominal acima de 88 cm é considerada de risco; para homens, acima de 102 cm. A avaliação de dobras cutâneas realizadas com adipômetro também são utilizadas para estimar percentuais de gordura.

Bioimpedânciometria

Exame simples e de fácil acesso que nos ajuda a compreender a composição corporal, avaliando os percentuais de massa magra e tecido gorduroso, servindo tanto para diagnóstico quando acompanhamento. Essa avaliação possibilita que o diagnóstico e tratamento da obesidade não se baseie apenas em um número na balança.

Causas para desenvolvimento de Obesidade

O ambiente em que vivemos, a sociedade que nos forma e a nossa cultura são tão responsáveis pela obesidade quanto a pessoa que convive diretamente com ela. Assim, sendo uma condição complexa e multifatorial, inúmeras são as causas, ou melhor a combinação delas, que determinam o excesso de peso. Algumas delas são:

1. Fatores Genéticos

  • Histórico Familiar: Se outras pessoas na família convivem com obesidade, há uma maior probabilidade de desenvolver a condição devido a fatores genéticos.
  • Genes Específicos: Alguns genes podem influenciar o armazenamento de gordura e a distribuição de gordura corporal.

2. Desequilíbrio entre Consumo e Gasto Calórico

  • Dieta Rica em Calorias: Consumir alimentos ricos em calorias, gorduras e açúcares pode contribuir para o ganho de peso.
  • Baixa Atividade Física: Um estilo de vida sedentário, associado de baixa ou nenhuma atividade física.

3. Fatores Psicológicos e Emocionais

  • Comer por Emoção: Comer em resposta ao estresse, tristeza, tédio…
  • Distúrbios Alimentares: Transtornos como a compulsão alimentar podem levar ao ganho de peso.

4. Condições Médicas

  • Hipotireoidismo: pode reduzir o metabolismo e causar ganho de peso, em geral com um ganho baixo, mas que pode ser um fator adicional a todas as outras causas.
  • Síndrome de Cushing: Condição rara, que causa um aumento nos níveis de cortisol, levando ao acúmulo de gordura abdominal. A síndrome é marcada por um ganho de peso acelerado e algumas características físicas específicas.

5. Uso de Medicamentos

  • Corticosteroides: Uso abusivo desses medicamentos podem gerar aumento de apetite e promover o armazenamento de gordura e ganho de peso.
  • Antidepressivos e Antipsicóticos: Alguns medicamentos dessas classes podem contribuir para o ganho de peso como efeito colateral.
6. Fatores Ambientais, Sociais e Econômicos: talvez os principais fatores para obesidade e sua alta prevalência
  • Acesso a Alimentos Saudáveis: Pessoas com menor acesso a alimentos saudáveis podem ter uma dieta desequilibrada.
  • Ambiente de Trabalho e Estilo de Vida: Trabalhos que exigem longas horas de sedentarismo, alto índice de estresse contribuem para o ganho de peso.
  • Políticas Públicas: pouquíssimas são voltadas para prevenção e tratamento da obesidade.
  • Marketing: mais focados para promoção de alimentos mais calóricos e hábitos mais sedentários.
  • Poluição e Toxinas: Certos poluentes ambientais e toxinas podem influenciar o metabolismo e contribuir para a obesidade.

Quais os riscos de não tratar a obesidade?

Podemos ter aumento do risco de várias condições de saúde graves quando não realizamos tratamento. Algumas das complicações mais comuns incluem:

Doenças Cardiovasculares

Há uma forte associação com doenças cardíacas, incluindo hipertensão, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC). O excesso de peso aumenta a pressão sobre o coração e os vasos sanguíneos, contribuindo para o desenvolvimento dessas condições.

Diabetes

A resistência à insulina é uma complicação frequente da obesidade, levando ao desenvolvimento de diabetes tipo 2. Este tipo de diabetes pode causar sérios problemas de saúde, incluindo problemas renais, visuais e dores.

Problemas Respiratórios

A apneia do sono é uma condição em que a respiração para e recomeça repetidamente durante o sono, sendo comum entre pessoas que convivem com obesidade. Isso pode resultar em sono de má qualidade e cansaço/sonolência durante o dia.

Doenças Hepáticas

A doença hepática gordurosa (esteatose) é uma condição em que a gordura se acumula no fígado, podendo levar a inflamação e, eventualmente, cirrose hepática.

Problemas Ortopédicos

O excesso de peso pode sobrecarregar as articulações, especialmente os joelhos e a coluna, levando a problemas como osteoartrite e dores crônicas.

Essas complicações, somadas a possibilidade de distúrbios de imagem, baixa autoestima e limitações diversas para as atividades do dia a dia contribuem para a obesidade ser também uma importante causa de depressão.

Perguntas e Respostas sobre Obesidade

1. Qual a diferença entre sobrepeso e obesidade? O sobrepeso é definido por um IMC entre 25 e 29,9, enquanto a obesidade é definida por um IMC de 30 ou mais.

2. A genética desempenha um papel na obesidade? Sim, fatores genéticos podem influenciar o risco de desenvolver obesidade, assim como o ambiente e o estilo de vida também são determinantes cruciais.

4. A obesidade afeta a saúde mental? Sim, a obesidade pode estar associada a condições como depressão, ansiedade e baixa autoestima.

5. Quais são as opções de tratamento para a obesidade? O tratamento deve ser composto de diversas abordagens, como mudanças na dieta e exercício físico, terapia comportamental, medicação e, em alguns casos, cirurgia bariátrica.

6. É possível controlar a obesidade? Sim, com um plano de tratamento adequado, muitas pessoas conseguem perder peso e manter essa perda a longo prazo. Mas é importante lembrar que o tratamento é contínuo, não devendo ser interrompido.

9. Exercícios físicos são suficientes para tratar a obesidade? Embora importantes, exercícios físicos devem ser combinados com uma alimentação saudável e, em alguns casos, outras intervenções médicas adicionais. Isoladamente a atividade física em geral não terá efeitos significativos isoladamente na perda de peso.

Uma condição que pode afetar diversos sistemas do corpo e aumentar a predisposição para inúmeras outras doenças precisa ser abordada com seriedade, respeito e responsabilidade. Lidar com a obesidade é um desafio constante, logo quanto mais cedo compreendermos a importância de um tratamento adequado, mais eficaz serão os resultados para chegarmos em um propósito que é comum a todos: qualidade de vida e bem estar.

The post Conviver com obesidade: uma jornada desafiante appeared first on Marjana Maboni.

]]>
https://dramarjanamaboni.com/obesidade/feed/ 1
Hipotireoidismo: 6 dúvidas mais comuns https://dramarjanamaboni.com/hipotireoidismo-duvidas-mais-comuns/ Fri, 28 Jun 2024 20:40:03 +0000 https://dramarjanamaboni.com/?p=476 O que é Hipotireoidismo? É uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios tireoidianos suficientes para as necessidades do corpo. A tireoide é uma glândula pequena, em formato de borboleta, localizada na base do pescoço, que produz hormônios fundamentais para o metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. O Que Uma Pessoa Com Hipotireoidismo Sente? Os sintomas podem variar, mas os mais comuns incluem: Todos os sintomas relatados podem ser justificados por diversas situações, logo é de extrema importância que seja avaliado por seu médico. Como é Feito o Diagnóstico do Hipotireoidismo? O diagnóstico é baseado em uma combinação de sintomas e alteração em exames laboratoriais de sangue. O principal exame é o TSH.  O que é hipotireoidismo de Hashimoto? Uma das causas mais comuns de hipotireoidismo é o Hashimoto, uma causa autoimune que pode ter um componente genético. Uma doença autoimune é quando o sistema imunológico, que normalmente protege o corpo contra doenças, ataca as células saudáveis do próprio corpo, no caso do hipotireoidismo por Hashimoto a tireoide. Tratamento do Hipotireoidismo O tratamento geralmente é simples e eficaz. O objetivo é normalizar os níveis hormonais no corpo, o que é feito através da reposição hormonal com levotiroxina. O que devo saber sobre como tomar o medicamento? Existe uma dieta específica? Não existe uma dieta específica, mas ela deve ser baseada em um plano alimentar saudável e equilibrado.  Outras perguntas Frequentes Sobre Hipotireoidismo Essas são algumas das dúvidas mais comuns sobre hipotireoidismo, mas lembre-se se você apresentar algum dos sintomas descritos ou tiver dúvidas, não hesite em agendar uma consulta para uma avaliação mais detalhada.

The post Hipotireoidismo: 6 dúvidas mais comuns appeared first on Marjana Maboni.

]]>
O que é Hipotireoidismo?

É uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios tireoidianos suficientes para as necessidades do corpo. A tireoide é uma glândula pequena, em formato de borboleta, localizada na base do pescoço, que produz hormônios fundamentais para o metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo.

O Que Uma Pessoa Com Hipotireoidismo Sente?

Os sintomas podem variar, mas os mais comuns incluem:

  • Cansaço: Sensação de cansaço constante e falta de energia.
  • Ganho de Peso: Dificuldade em perder peso e/ou aumento de peso inexplicável (geralmente em pequena quantidade)
  • Sensibilidade ao Frio: Sentir frio mais facilmente do que outras pessoas.
  • Pele Seca e Cabelos e unhas quebradiços
  • Constipação: Dificuldade para evacuar.
  • Problemas de Memória: Dificuldade em lembrar informações e em se concentrar.
  • Dores Musculares e Articulares: Desconforto nos músculos e articulações.

Todos os sintomas relatados podem ser justificados por diversas situações, logo é de extrema importância que seja avaliado por seu médico.

Como é Feito o Diagnóstico do Hipotireoidismo?

O diagnóstico é baseado em uma combinação de sintomas e alteração em exames laboratoriais de sangue. O principal exame é o TSH. 

O que é hipotireoidismo de Hashimoto?

Uma das causas mais comuns de hipotireoidismo é o Hashimoto, uma causa autoimune que pode ter um componente genético. Uma doença autoimune é quando o sistema imunológico, que normalmente protege o corpo contra doenças, ataca as células saudáveis do próprio corpo, no caso do hipotireoidismo por Hashimoto a tireoide.

Tratamento do Hipotireoidismo

O tratamento geralmente é simples e eficaz. O objetivo é normalizar os níveis hormonais no corpo, o que é feito através da reposição hormonal com levotiroxina.

O que devo saber sobre como tomar o medicamento?

  1. Consistência: Tomar a medicação no mesmo horário todos os dias. Evite ao máximo esquecer o medicamento.
  2. Jejum: Tomar o remédio com o estômago vazio, pelo menos 30 minutos antes do café da manhã. Não tomar com outros medicamentos.
  3. Monitoramento Regular: acompanhamento médico regular
  4. Evitar interações: Alguns alimentos e medicamentos podem interferir na absorção da levotiroxina. Por exemplo medicamentos como omeprazol. Converse com seu médico como proceder.
  5. Não há a necessidade de manipular o medicamento: você encontra em qualquer farmácia regular o medicamento com qualidade avaliada pelos órgãos responsáveis.

Existe uma dieta específica?

Não existe uma dieta específica, mas ela deve ser baseada em um plano alimentar saudável e equilibrado. 

Outras perguntas Frequentes Sobre Hipotireoidismo

  1. O hipotireoidismo é hereditário? Sim, pode haver um componente genético, especialmente nas doenças autoimunes como a tireoidite de Hashimoto.
  2. Posso parar de tomar a medicação se me sentir melhor? Na maioria das vezes o tratamento é para a vida toda. Em caso de indicação de parada da medicação ela deve ser orientada pelo seu médico e supervisionada.
  3. O hipotireoidismo pode afetar a fertilidade? Sim, níveis hormonais inadequados podem interferir na ovulação e na gravidez. Sendo importante o acompanhamento regular.
  4. Quais são os riscos se o hipotireoidismo não for tratado? Pode levar a complicações graves como cansaço extremo, problemas cardíacos e até coma.
  5. O exercício físico pode ajudar a controlar o hipotireoidismo? Sim, o exercício regular ajuda a controlar o peso e melhora o bem-estar geral, mas não substitui o tratamento medicamentoso.
  6. Existem alimentos que devo evitar? Devo suspender o glúten? Até o momento nenhum alimento comprovadamente deve ser evitado. Alimentos sem glúten são indicados para paciente com doença celíaca ou intolerância ao glúten, não é necessário suspender apenas por causa do hipotireoidismo.
  7. É possível viver uma vida normal com hipotireoidismo? Sim, com o tratamento adequado e acompanhamento médico regular, a maioria das pessoas leva uma vida normal e saudável.
  8. Se eu tenho hipotireoidismo posso ter nódulos de tireoide? É possível ocorrer a associação de nódulos de tireoide, assim como é possível a presença de apenas uma das alterações ou hipotireoidismo ou nódulos isoladamente.
  9. Devo tomar a levotiroxina no dia que vou coletar exames de sangue? Avalie com seu médico qual a melhor orientação para o seu caso, mas geralmente é aconselhável tomar o medicamento logo após a coleta dos exames.

Essas são algumas das dúvidas mais comuns sobre hipotireoidismo, mas lembre-se se você apresentar algum dos sintomas descritos ou tiver dúvidas, não hesite em agendar uma consulta para uma avaliação mais detalhada.

The post Hipotireoidismo: 6 dúvidas mais comuns appeared first on Marjana Maboni.

]]>
Diabetes Mellitus: 7 possíveis sinais e sintomas e como diagnosticar https://dramarjanamaboni.com/diabetes-sintomas-e-como-diagnosticar/ Mon, 17 Jun 2024 12:01:24 +0000 https://dramarjanamaboni.com/?p=113 O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que merece atenção. Não apenas por sua prevalência crescente, mas também pela sua complexidade. A glicose é essencial para nossa saúde porque é uma fonte importante de energia para as células que compõem músculos e tecidos, além de ser a principal fonte de combustível para o cérebro. Entender o que é diabetes, seus sintomas, como é diagnosticada e os tipos existentes é crucial para o tratamento eficaz e a manutenção da saúde. O Que é Diabetes? É uma doença metabólica que resulta em níveis elevados de açúcar no sangue. Isso ocorre devido a problemas na produção de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que a glicose entre nas células do corpo. Existem três tipos principais de diabetes: O Que uma Pessoa com Diabetes Sente Muitas vezes o diagnóstico é realizado de forma atrasada, o que pode fazer com que os pacientes já apresentem complicações no início do tratamento. Isso se deve pois muitos pacientes vão passar anos sem apresentar quaisquer sintomas relacionados, mas alguns sinais podem ser indicativos da necessidade de procurar seu endocrinologista para investigação. Os sintomas podem variar de acordo com o tipo e a gravidade da condição. Alguns sinais podem ser: Além dos sintomas mencionados, existem outros sinais que podem indicar a presença de diabetes : Como é Feito o Diagnóstico de Diabetes? O diagnóstico é feito através de exames de sangue. Os exames mais comuns incluem: Perguntas e Respostas sobre Diabetes Espero que este artigo tenha fornecido informações úteis sobre diabetes. Se você tiver alguma dúvida ou preocupação, não hesite em entrar em contato para agendar uma consulta. Sua saúde é a sua e a minha prioridade.

The post Diabetes Mellitus: 7 possíveis sinais e sintomas e como diagnosticar appeared first on Marjana Maboni.

]]>

O Que é Diabetes?

É uma doença metabólica que resulta em níveis elevados de açúcar no sangue. Isso ocorre devido a problemas na produção de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que a glicose entre nas células do corpo. Existem três tipos principais de diabetes:

  1. Diabetes Tipo 1: Uma condição autoimune em que o corpo ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. É geralmente diagnosticada na infância ou adolescência. Nesses casos o tratamento gira em torno do uso das insulinas.
  2. Diabetes Tipo 2: A forma mais comum de diabetes, ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou quando o pâncreas não produz insulina suficiente. Está frequentemente associada ao excesso de peso e ao sedentarismo. Nesses casos o paciente não necessariamente precisará fazer uso de insulina.
  3. Diabetes Gestacional: Desenvolve-se durante a gravidez e geralmente desaparece após o parto, mas aumenta o risco de a mãe desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

O Que uma Pessoa com Diabetes Sente

Muitas vezes o diagnóstico é realizado de forma atrasada, o que pode fazer com que os pacientes já apresentem complicações no início do tratamento.

Isso se deve pois muitos pacientes vão passar anos sem apresentar quaisquer sintomas relacionados, mas alguns sinais podem ser indicativos da necessidade de procurar seu endocrinologista para investigação.

Os sintomas podem variar de acordo com o tipo e a gravidade da condição. Alguns sinais podem ser:

  1. Sede Excessiva e Boca Seca: A glicose alta no sangue faz com que os rins trabalhem mais para filtrar e absorver o excesso, resultando em desidratação.
  2. Fome Exagerada: A falta de insulina impede que a glicose entre nas células, fazendo com que o corpo busque outras fontes de energia.
  3. Micção Frequente: Urinar com mais frequência do que o habitual, especialmente à noite.
  4. Perda de Peso Sem Motivo Aparente: Apesar de comer mais, o corpo pode começar a usar músculos e gordura como energia, levando à perda de peso.
  5. Visão Embaçada: Níveis elevados de glicose no sangue podem causar alterações visuais.
  6. Cansaço Extremo: o corpo se sente constantemente cansado.
  7. Cicatrização Lenta: Feridas e cortes podem demorar a cicatrizar.

Além dos sintomas mencionados, existem outros sinais que podem indicar a presença de diabetes :

  • Formigamento ou dormência nas mãos ou pés.
  • Mudanças repentinas de humor.
  • Problemas de ereção em homens.

Como é Feito o Diagnóstico de Diabetes?

O diagnóstico é feito através de exames de sangue. Os exames mais comuns incluem:

  1. Teste de Glicemia em Jejum: Mede os níveis de glicose no sangue após jejum de pelo menos 8 horas.
  2. Hemoglobina Glicada (A1C): Fornece uma média dos níveis de glicose nos últimos dois a três meses.
  3. Teste Oral de Tolerância à Glicose: Mede os níveis de glicose no sangue antes e duas horas após a ingestão de uma bebida açucarada.

Perguntas e Respostas sobre Diabetes

  1. Qual a diferença entre hiperglicemia e hipoglicemia?
    • Hiperglicemia é quando há muito açúcar no sangue, enquanto hipoglicemia é quando há pouco açúcar no sangue.
  2. Diabetes tem cura?
    • Atualmente, não há cura, mas a condição pode ser tratada e um tratamento adequado permite boa qualidade de vida.
  3. Exercício físico pode ajudar a controlar o diabetes?
    • Sim, exercícios regulares ajudam a baixar os níveis de açúcar no sangue e aumentar a sensibilidade à insulina.
  4. Diabetes pode afetar a visão?
    • Sim, níveis elevados de glicose podem causar problemas oculares, como retinopatia diabética. Diabetes mal controlada é uma das causas de cegueira.
  5. Existe relação com pressão alta?
    • Sim, os níveis aumentados de glicose podem levar a doenças cardiovasculares, incluindo pressão alta, infarto e AVC.
  6. O que é resistência à insulina?
    • É quando as células do corpo não respondem bem à insulina, necessitando de mais insulina para ajudar a glicose a entrar nas células.
  7. Posso comer doces se eu tiver diabetes?
    • Sim, mas com moderação e como parte de uma dieta equilibrada.
  8. Pode ser hereditário?
    • Sim, há um componente genético significativo, especialmente no tipo 2.
  9. Qual é a importância do monitoramento contínuo da glicose?
    • Monitorar os níveis de glicose regularmente ajuda a evitar complicações e a ajustar o tratamento conforme necessário
  10. Qual é a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2?
    • Diabetes tipo 1 é uma condição autoimune em que o corpo não produz insulina, enquanto o tipo 2 envolve resistência à insulina e, geralmente, está relacionado ao estilo de vida.

Espero que este artigo tenha fornecido informações úteis sobre diabetes. Se você tiver alguma dúvida ou preocupação, não hesite em entrar em contato para agendar uma consulta. Sua saúde é a sua e a minha prioridade.

The post Diabetes Mellitus: 7 possíveis sinais e sintomas e como diagnosticar appeared first on Marjana Maboni.

]]>